Autora: Patricia Cabot
Editora: Essência
Brenna não era como as mulheres de sua época. Enquanto
outras donzelas pensavam em bordados, casamentos e futuros filhos, ela enganou
sua família para que pudesse retornar a ilha onde nasceu e provar a todos que
os estudos de seu pai sobre como a cólera realmente se espalhava não eram
absurdos. Mesmo que isso a levasse a cemitérios de madrugada e ter que lutar
contra a corte do Conde da ilha.
Reilly Stanton deixou Londres por uma vaga de médico em uma
ilha afastada e sem recursos. Apesar de parecer, suas atitudes não eram nobres.
Ele gostaria de provar para a ex-noiva que era um médico competente, que seu
título não era necessário para que ele tivesse real importância, ao contrário
do que ela pensava. Porém, o que o lorde não esperava, era se encantar pelo seu
oficio, por aqueles habitantes e por Brenna, filha do antigo médico, que
ocupava o posto, mesmo sem estudos oficiais. Uma mulher como nenhuma outra, que
não tinha medo de usar calças, enfrentar um rio violento para salvar um animal,
ou enganar sua família para reestabelecer a reputação de seu pai.
Mais uma vez, Meg Cabot, com o pseudônimo de Patricia Cabot,
conseguiu nos levar para um lugar incrível, com um casal marcante, vivendo
entre brigas e paixões, nos prendendo a cada capítulo.
Dois personagens com personalidades tão distintas, turrões,
que acreditam que o seu objetivo e suas opiniões valem mais do que as ideias de
qualquer outra pessoa. Reilly chega em cena com todo o seu conhecimento,
querendo provar para a ex-noiva o quanto não era um imprestável, o que torna
seus conflitos com Brenna algo previsível.
A jovem sempre foi curiosa, usando os conhecimentos do pai
para resolver suas próprias indagações. Sempre admiro essas personagens à
frente de seu tempo, que não deixam homens rebaixá-las, ao mesmo tempo que
também entendem que devem manter um certo recato, perante o outro sexo. Brenna
sabia os limites que não deveria ultrapassar, pelo menos não antes de um
casamento, porém, o doutor Reilly era um homem como ela nunca tinha visto, com a
mente mais aberta do que o Conde que insistia com cortejá-la.
Os personagens não apenas se unem para protagonizarem cenas
românticas, eles dividem um amor por aqueles habitantes tão humildes, mas tão
verdadeiros em suas ações e por seu oficio: De ajudar e salvar vidas, mesmo que
isso possa colocar suas próprias em risco.
Apesar do tema muito sério, uma doença que matou tantas
pessoas na vida real, a autora consegue tratar o tema com leveza e esperança,
até o último momento, o que não torna a narrativa algo pesado e nós podemos nos
envolver e torcer por aquele romance do começo ao fim.
"A Dama da Ilha" é uma obra sobre recomeços,
descobrir quem você quer realmente ser e onde é o seu lugar no mundo. O quanto
encontrar alguém que entende suas vontades e objetivos é importante para
construir uma relação que pode superar tudo, sejam os obstáculos doenças, ou
uma família enganada por uma filha muito perspicaz.
Olá Jana, fiquei primeiramente encantada com a capa do livro.
ResponderExcluirQue lugar lindo!
Assim como também achei interessante a vida dos personagens principais. Onde o amor pela profissão e a preocupação com a saúde dos moradores locais vai muito além de um romance.
Fiquei bastante interessada.
Bjs
Olá Jana! Amo esse livro, curto muito a escrita da Patricia Cabot, esse foi um dos primeiros romances de época que li e fiquei apaixonada por esse gênero.
ResponderExcluirBjs