Autora: Alwyn Hamilton
Editora: Seguinte
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Livros anteriores: A rebelde do deserto | A traidora do trono
Amani nunca imaginou se tornar líder da Rebelião, ou pelo menos do que sobrou dela, mas a Rebelde do Deserto sabia muito bem o que ela e seus companheiros tinham que fazer, não importando o preço que pagariam.
Os dois primeiros livros da série "A Rebelde do
Deserto" e "A Traidora do Trono" me prenderam a cada página.
Alwyn Hamilton é uma escritora fantástica quando se trata de criar conflitos
incríveis e situações inesperadas, mas ela se superou, como eu nunca imaginaria,
no desfecho da série.
Enquanto terminamos o primeiro livro com um sentimento de
que os Rebeldes podem vencer a batalha contra o Sultão, que o Príncipe Ahmed
pode realmente tomar o lugar do seu pai e ser um líder muito melhor para o
país, o final do segundo livro é desesperador, onde tudo parece ter sido um
grande plano do Sultão para alcançar seus objetivos.
Ahmed, presumidamente morto para toda a população, está
preso, assim como vários outros componentes importantes da Rebelião. Amani
sabia que nunca seria uma líder como Ahmed, teria ótimos planos como Shazad, ou
poderia trazer um exército como o Rahim, por isso, seu único objetivo era
salvá-los, para que a rebelião ainda tivesse uma chance.
Se isso já não fosse terrível, após matar um Djinni, agora o
Sultão tinha sob o seu poder uma arma quase indestrutível, que poderia
aniquilar todos os seus inimigos, sem que ele precisasse sequer se esforçar.
Que desesperador! E cada página desse livro aumenta nossa
taxa de desespero. Mesmo agora, com Amani e Jin juntos (separação que é muito
sentida no livro anterior), eles são poucos, o Sultão está muito forte e os
aliados cada vez mais escassos, que só podemos esperar por mortes e mais
mortes, enquanto nossos protagonistas lutam para alcançarem seus objetivos.
Mas não é esse desespero que nós achamos incrível? Que nos
faz segurar o livro e não conseguir mais largar? E temos uma protagonista que
ajuda muito nesse sentido. Amani tem o coração no lugar, mas não pensa antes de
agir e seus planos são, em geral, terríveis, mas a sua personalidade faz com
que a gente entenda suas atitudes, apesar de nos fazer ter vontade de entrar no
livro e puxar suas orelhas (como um bom amigo faria).
É normal nós odiarmos um vilão, mas, depois do segundo
livro, quando ele nos engana, quase nos faz acreditar que suas atitudes são
realmente pelo bem do seu povo, esse ódio agora se eleva para um novo nível.
Tantas pessoas inocentes que morrem por causa das suas
atitudes, tantas pessoas destruídas pela sua busca obsessiva pelo poder, por
querer controlar uma magia que está muito além do seu alcance, além disso,
vemos Amani se culpando por muitas dessas perdas, vemos o seu sofrimento, suas
dúvidas, se ela estava fazendo o que era certo. Lembra daquele sentimento de
desespero? Está aqui mais um motivo.
Realmente me desesperei, chorei, mas achei que o final que a
autora criou para essa trilogia tão incrível foi de tirar o fôlego! Não previ
nada do que aconteceu, apesar das pistas, fui totalmente ludibriada por uma
escrita tão perfeita.
"A heroína da alvorada" é o fim perfeito para uma
trilogia de fantasia que me conquistou desde o primeiro instante. Alguns
capítulos desse livro vão te fazer arrancar os cabelos, outros vão partir o seu
coração... se você vai conseguir colar os caquinhos no final? Só lendo o livro.
A seguir, alguns comentários COM spoilers:
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Ainda está por aqui? Siga por sua conta e risco rsrs
Por todas as areias do deserto!!!
O final desse livro quase me matou de desespero.
A cada momento eu lembrava da contracapa do livro:
"Rebelde, traidora, heroína... Não importa. No fim, todo mundo é
mortal."
Pronto! Em quantos momentos eu pensei que a Amani iria
morrer?
Depois de tudo o que ela tinha passado, esse seria um final
que me destruiria completamente.
Então, ela não morre, mas ela tem que escolher entre matar,
ou o Príncipe, que pode trazer a paz e cuidar do seu país, ou o seu grande
amor!!!
Será que a autora realmente queria algum leitor vivo no
final do livro?
Amani, em um ato de altruísmo, escolhe salvar Ahmed. Seria
um lindo final... A paz reinando, Amani sozinha e infeliz, depois de tudo o que
ela passou...
Mas (deve ter pensado nossa querida autora Alwyn Hamilton)
eu posso matar a Amani também...
Tudo bem, chegamos em um momento que a leitora aqui já não
tem como juntar os seus cacos, que estão espalhados por todos os lugares,
flutuando em suas lágrimas.
Posso ficar tão desesperada e, em uma das melhores
reviravoltas que eu já li, consegui voltar a ser feliz? Mas muito, muito, muito
feliz?
Que final lindo e perfeito!!!
Sei que muitos personagens queridos morreram, mas, depois do susto que eu levei, só posso ficar feliz rsrs.
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