Saber é bom. Saber de tudo é ainda melhor. Será?
Mae vive em um emprego monótono e tedioso, sonhando em algo
mais grandioso para a sua vida, como trabalhar no Círculo, um lugar onde a vida
pulsa, as novidades surgem e você pode realmente ser alguém. Quando surge a
oportunidade de ela trabalhar onde sempre sonhou, com um ótimo salário, nem a
perda total de sua privacidade a faria escolher outro caminho.
Esse filme pode ser um pouco exagerado quanto ao tema
tratado, mas é um pouco tenso pensar por quanto tempo esse filme será
exagerado, e não a nossa realidade. É muito fácil nos imaginar vivendo em um
mundo sem nenhuma privacidade, onde todos podem acompanhar até os seus momentos
mais íntimos, sendo que muito disso já acontece.
No longa, Mae quer se provar, de todas as maneiras
possíveis. Ela não mede esforços para subir no Círculo e ser mais importante a
cada dia. Com o pai muito doente, tudo começa a entrar nos eixos com um bom
plano de saúde para apoiar a sua família, até que a perda da sua privacidade
começa a afetar aqueles a quem ela mais ama, podendo até mesmo a levar alguém
muito querido a uma tragédia.
O Círculo é um lugar onde as novidades surgem. O mundo vive
de olho no que está acontecendo e surgindo de novo a todo momento. Isso soa
familiar? É possível perceber claramente a força dessa instituição na vida das
pessoas, nas comunidades e até na política e os perigos que podem surgir de um
tamanho poder.
A protagonista realmente me surpreendeu. A personagem
interpretada por Emma Watson começa o filme deslumbrada com as oportunidades
surgidas em seu caminho, quer a todo custo provar que realmente pertence aquele
lugar, mas o que é realmente interessante são as suas ações, quando ela
finalmente se dá conta do quanto aqueles que comandam o Círculo se esquivam de
exporem suas vidas, enquanto incentivam os outros a fazerem diferente.
Por outro lado, temos Bailey, personagem de Tom Hanks. Um
excelente ator em um papel claramente de uma adaptação de um livro, onde é perceptível
que vários fatos importantes não estão presentes. Apesar de não ter lido o
livro, fica claro a quantidade de informações preciosas que devem ter ficado de
fora da versão final do longa.
“O Círculo” é um filme realmente propício para o momento em
que nós vivemos. Será que saber tudo realmente é bom? Será que a privacidade
não é algo que deve ser mantido, mesmo em uma era onde é tão fácil expor cada
um de nossos passos? O que pode acontecer de bom e de ruim a partir disso é o
ponto crucial dessa história fascinante. Agora, vou correr para ler o livro.
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