Cinquenta Tons Mais Escuros

Anastasia não consegue entender, ou aceitar, todas as necessidades de Christian, mas está disposta a tentar mais uma vez investir em algo que ela nunca imaginou para sua vida. Christian sente essa necessidade incontrolável de dominar e causar dor em suas parceiras, porém, Ana é completamente diferente. Para ficar com ela, ele está disposto a superar seus cinquenta tons e tentar um relacionamento normal, pois Anastasia é a pessoa mais importante de sua vida.

Tudo poderia ser perfeito, mesmo com o Sr. Grey sendo tão dominador, Ana consegue aos poucos ir quebrando a sua armadura, ultrapassando os escudos que o protegem de sua infância sombria. Mas isso não irá protegê-los daquelas que conturbaram o seu passado e de um certo chefe que quer destruir o seu futuro.

Ir a uma sessão de estreia de um filme da trilogia “Cinquenta Tons” é poder ver a força que essa série possui. Com ingressos esgotados antes do lançamento, e uma sala com o público pelo menos 95% feminino, participei de uma sessão repleta de suspiros, palmas, gritos e uma histeria que muitas de nós sentimos ao ler o livro e, agora, em carne e osso.

Dakota Johnson continuou acertando o tom em sua interpretação de Anastasia. Uma jovem tímida, aparentando inocência, mas que está pronta para descobrir todos os prazeres que alguém tão experiente, e com gostos tão peculiares, pode lhe proporcionar. Jamie Dornan é um bom Christian Grey, por mais que não consiga realmente passar a força que esse personagem transmite nos livros. Claro que, ao ler o livro, é impossível não imaginar um homem completamente fora de série. Por mais que Jamie Dornan arranque suspiros e gritos nas cenas mais quentes do longa, talvez falte um pouco de força e determinação ao personagem nas demais cenas, mas nada que prejudique a história a ponto de fazer um fã não amar o filme.

A história é bem centrada no relacionamento narrado entre Ana e Christian durante o segundo livro, mas não deixa de mencionar outros pontos importantes, por mais que de uma forma reduzida. As aparições de Leila são muito bem conduzidas e sua participação no final é rápida, mas marcante. Jack, o chefe de Ana, também não tem tantas aparições, seu personagem não é tão bem trabalho, mas apareceu o suficiente para deixar sua marca e no ar a expectativa do que ele poderá fazer na sequência. Elena, uma das personagens mais importantes, e odiadas, da história, talvez tenha sido a personagem que fez com que eu sentisse mais falta de momentos na tela. Apesar de não gostar da personagem, acredito que ela é responsável por grandes conflitos, e cenas memoráveis, que poderiam ter sido um pouco mais exploradas.

O grande trunfo de “Cinquenta Tons Mais Escuros” e o que vai fazer todos os fãs saírem apaixonados do cinema, é a relação de Ana e Christian. Apesar das cenas de sexo, muito bem distribuídas durante o filme, cenas românticas e engraçadas foram incluídas de forma mais constante que no filme anterior, trazendo uma leveza (e suspiros) para o longa. Mal posso esperar para assistir “Cinquenta Tons de Liberdade” e ver as cenas do meu livro favorito da série nas telas do cinema.