Capitão América: Guerra Civil

| 29 maio 2016 |
Os Vingadores salvaram o mundo por várias vezes, mas suas ações provocaram um número incontável de vítimas. O governo acredita que eles não devem agir por conta própria, suas ações devem ser devidamente autorizadas pelas autoridades competentes. É de extrema importância que a população acredite nos Vingadores, mas nem todos concordam que responder a alguém com seus próprios objetivos seja algo bom para o mundo, muito menos ter o controle sobre tanto poder.

Acabei de deixar o cinema quase sem palavras sobre os momentos que eu passei naquela sala escura. Demorei um pouco para finalmente conseguir ver esse filme, portanto, já tinha ouvido e lido diversas opiniões sobre o longa. Estava ansiosa antes da estreia, e, devido a tudo o que foi publicado, minhas expectativas estavam nas alturas. Todos sabem que não é bom ter expectativas muito altas, muitas vezes elas acabam estragando o que poderia ser uma boa experiência, mas isso não se aplica a um filme genial, com um roteiro tão fantástico e impactante.

Quando eu assisti “Batman vs Superman”, por exemplo, achei bem coerente o motivo da luta entre os heróis, mas, a explicação criada para a Guerra Civil é tão bem desenvolvida que, colocando em perspectiva, acaba fazendo com que qualquer outra se torne superficial. Não é como se fosse realmente possível escolher um lado, como foi a grande jogada para divulgação do filme. Os dois lados estão corretos, tudo depende apenas de um ponto de vista. Não tem como assistir a esse filme e não trocar de lado a todo momento, ou não desejar que eles encontrem um meio termo e acabem com aquele angustiante conflito.

É incrível como nesse filme temos um Capitão América igual ao dos outros filmes, com as suas atitudes tão bem conhecidas, em busca do que é certo, a favor dos seus amigos, sempre tentando ajudar a quem precisa, mas, o que poderia acontecer quando tudo isso faz com que ele tenha que escolher um lado que, a princípio, nós julgaríamos errado, ou seja, contra o governo?

Do outro lado da batalha temos Tony Stark. Alguém que nunca se importou a responder a autoridades, que sempre fez o que ele julgasse interessante ou proveitoso, mas que pela primeira vez se viu realmente confrontado com o resultado de suas atitudes. Por mais que eles tenham salvado muitas vidas, muitas também foram perdidas, e isso o estava assombrando como nunca.

Cada um dos Vingadores presentes em “Guerra Civil” tem os seus motivos muito bem desenvolvidos para que nós compreendêssemos, e aceitássemos, em que lado eles estão. Esse filme, do começo ao fim, trata de atitudes e consequências e como as pessoas escolhem lidar com elas. O “vilão” do filme não poderia exemplificar isso de forma mais realista e marcante. Impossível assistir a essa história e não pensar quem são os heróis de verdade, ou que faz realmente um herói ser um herói.

Sei que vocês já devem ter lido isso em vários lugares, mas eu reitero: “Capitão América: Guerra Civil” é o melhor filme da Marvel. O filme que mais nos faz pensar no que é certo ou errado, em quantas versões de certo e errado que podem existir. O filme que mais nos faz sofrer com a separação dos nossos heróis, aquele que torna impossível escolher um lado. Um filme que vai entrar para a história, o que deixa uma grande responsabilidade para os próximos que vem por aí.

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