O paradeiro do Magistrado é desconhecido, mas sua ausência só
aumenta a tensão do que pode estar por vir. A ameaça de seu exercito mecânico ainda
paira sob os habitantes do Instituto. Tessa
deseja descobrir quem ela realmente é, mas há outras preocupações muito mais
imediatas em sua vida.
A droga de Jem está acabando em um ritmo alarmante, e todos
sabem quem é o único que possuí todo o estoque, e o que ele deseja em troca. Enquanto isso, Tessa, Will e Jem, vivem algo
muito além de um triângulo amoroso. Will e Jem são como uma só alma vivendo em
dois corpos. Como seria possível para Tessa amar apenas parte de uma alma que
se completa tão perfeitamente? E como ser feliz se você sempre está disposto a
abrir mão do que lhe traria mais felicidade por aqueles que você mais ama?
É exatamente disso que se trata “Princesa Mecânica”: Amar. Um amor tão grande que você pode abrir mão de qualquer coisa e fazer qualquer
coisa por aqueles que você ama, mesmo que você nunca alcance a plena felicidade,
e mesmo que aquele que você quer ver feliz não alcance essa felicidade por
saber do seu sofrimento. Um livro angustiante de se ler, principalmente da
metade para o fim. Mesmo as cenas de felicidade, os finais felizes conquistados
com muito custo e dor, não são capazes de nos fazer esquecer que alguém, em
algum momento, não está feliz.
Esperar por um livro é muito angustiante, mas ter a
oportunidade de ler e, ao terminar, sentir que um pedaço de seu coração ficou
naquelas páginas, compartilhando o sofrimento de seus personagens, é indescritível.
Não vejo a hora de ler “Cidade do Fogo Celestial”, pois é impossível não
terminar de ler esse livro e não perceber uma “incoerência”, por falta de
palavra melhor, com o último livro publicado da série “Os Instrumentos Mortais”,
o que nos leva a crer que isso fará parte da tão aguardada sequência.
Cassandra Clare construiu uma história na série “As Peças
Infernais” onde várias vertentes do que nos torna humanos são descritas de uma
forma que nos faz embarcar em seu mundo, sofrer com suas tristezas, nos
emocionar com as alegrias, sentir o quanto a vida e a morte transitam por águas
tão próximas, e, após nos fazer derramar tantas lágrimas, nos brinda com um
sopro de esperança. Há muito tempo não me emocionava tanto com um livro.
Terminei de ler “Princesa Mecânica” em um misto de alegria e tristeza, lágrimas
e riso, incompreensíveis.
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