A Culpa é das Estrelas

| 24 março 2013 |

Lindo, emocionante, triste e encantador. Esse é um livro que te faz descobrir que alguns infinitos podem ser maiores do que outros e que nós escolhemos como vamos viver a nossa vida, por mais que encontremos muitos obstáculos e tristezas em nosso caminho. Uma lição de vida e de amor para o leitor levar para sempre.

Hazel Grace tem apenas 16 anos, mas está morrendo. Ela sofre de câncer, e é considerada uma paciente terminal. Os médicos só podem aliviar seu sofrimento e tentar estender sua vida por algum tempo, porém todos sabem, inclusive Hazel, que sua morte é inevitável. 

Em uma visita a um grupo de apoio, que ela frequenta muito mais para agradar sua mãe do que por vontade própria, ela conhece o intimidador Augustus Waters, um garoto que vira sua vida de ponta cabeça. Ele lhe mostra um mundo que ela não conhecia, e preenche um pedaço do seu coração que ela nem cogitasse que existisse.

Hazel nunca havia sentido tanta vontade de continuar vivendo, mas ao mesmo tempo não queria que Augustus fosse mais uma vítima da granada que ela seria quando morresse, mas a vida sempre pode nos pregar peças, e a de Hazel foi muito pior do que ela teria imaginado.

Alguns infinitos são bem menores do que outros, e em “A Culpa é das Estrelas” aprendemos que não importa quantos zeros você tenha pela frente, o que importa é que eles sejam bem vividos e de preferência do lado de alguém que faça valer a pena.

É incrível ver a força de Hazel, talvez por compreender sua própria doença, estar até o fim ao lado de Augustus, falando de histórias de amor ou de matemática, viajando para conhecer autores decepcionantes ou ao ficar ao lado de um doente em estado terminal, tudo o que ela sente é gratidão, pelo o pequeno infinito que ambos compartilharam. O que é bem maior do que a gratidão que muitos de nós sentimos pelos nossos próprios infinitos, bem maiores e muito mais agraciados do que de Hazel e Augustus.

Esse é um dos livros mais tristes, mas ao mesmo tempos, mais emocionantes que já tive o prazer de ler, e nós podemos tirar grandes lições dele. “Não dá pra escolher se você vai ou não se ferir nesse mundo (...) mas é possível escolher quem vai feri-lo. Eu aceito as minhas escolhas. Espero que Hazel aceite as dela”. 

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