Editora: Galera Record
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Sinopse:
Verity Crawford é a autora best-seller por trás de uma série de sucesso. Ela está no auge de sua carreira, aclamada pela crítica e pelo público, no entanto, um súbito e terrível acidente acaba interrompendo suas atividades, deixando-a sem condições de concluir a história... E é nessa complexa circunstância que surge Lowen Ashleigh, uma escritora à beira da falência convidada a escrever, sob um pseudônimo, os três livros restantes da já consolidada série.
Para que consiga entender melhor o processo criativo de Verity com relação aos livros publicados e, ainda, tentar descobrir seus possíveis planos para os próximos, Lowen decide passar alguns dias na casa dos Crawford, imersa no caótico escritório de Verity - e, lá, encontra uma espécie de autobiografia onde a escritora narra os fatos acontecidos desde o dia em que conhece Jeremy, seu marido, até os instantes imediatamente anteriores a seu acidente - incluindo sua perspectiva sobre as tragédias ocorridas às filhas do casal.
Quanto mais o tempo passa, mais Lowen se percebe envolvida em uma confusa rede de mentiras e segredos, e, lentamente, adquire sua própria posição no jogo psicológico que rodeia aquela casa. Emocional e fisicamente atraída por Jeremy, ela precisa decidir: expor uma versão que nem ele conhece sobre a própria esposa ou manter o sigilo dos escritos de Verity?
Em Verity, Colleen Hoover se afasta do estilo que a consagrou, os romances, para se aventurar em um suspense psicológico que deixou todo o mercado editorial sem palavras de tão avassalador. Através de uma narrativa perturbadora e chocante, Verity explora o lado mais sombrio das relações humanas deixando uma surpresinha chocante no final.
***
Gente!!! Gente!!! Gente!!! Acho que a sinopse desse livro não poderia escolher duas palavras melhores para descrever a obra: avassalador e chocante.
Esse é o meu gênero favorito? Não. Amo os romances bem românticos da Colleen? Sim. Porém, não tem como um leitor, independente do seu gênero favorito, se aventurar por essas páginas e não ficar completamente obcecado por elas, assim como Lowen ficou lendo o manuscrito de Verity.
Ao chegar à casa da família Crawford, Lowen se depara com diversos fatos que começam a deixá-la louca (além de também fazer isso com cada um que está lendo). Verity não está apenas incapaz de escrever seus livros, ela é como um bebê que não consegue fazer nada sozinho e precisa de cuidados constantes para as funções mais básicas de sua vida.
Em uma casa enorme, que antes era de uma família de cinco pessoas (antes das duas filhas gêmeas faleceram em estranhos acidentes), agora só restava um pai desolado e uma criança que ficava ao lado da sua mãe, mesmo sem ela poder interagir com ele.
Se tamanha tragédia não fosse o suficiente, Lowen encontra um manuscrito perturbador (perturbador mesmo, que vai pirar a mente de quem lê, seja a protagonista da narrativa ou um leitor desavisado), que mostra a verdadeira face de Verity, o quanto ela era obcecada pelo marido e queria 100% de sua atenção e desejo. Seu ciúme era incalculável e doentio, algo que ela sentia até pela atenção que o marido dava as próprias filhas.
Nós avançamos por essas páginas sem saber o que pensar, sem entender como uma mãe poderia ser tão vil, como alguém poderia ser tão doente, e querendo saber o que todos estávamos pensando: Ela teria tido coragem de matar uma das crianças? Ela estava fingindo sua doença e ainda era um perigo para todos que ali viviam?
É angustiante ler esse livro. Você começa a virar as páginas em uma tentativa desesperada de chegar ao final e saber se Verity vai confessar, em sua biografia sombria, se ela é realmente responsável pela morte de uma de suas filhas, por puro e simples ciúmes do marido.
Porém, eu nem sequer consigo começar a descrever o que a autora Colleen Hoover guardou para o fatídico final. Você pensa "Como alguém pode seguir com a sua vida normalmente depois de tamanha revelação? Será que isso é possível?".
Já li livros com finais bem chocantes, mas esse destruiu meu coração, apesar de nos deixar com as mesmas dúvidas e dilemas da protagonista.
Eu não acho que alguém, no lugar de Lowen, depois de descobrir tudo o que ela descobriu, conseguiria seguir a vida em paz. O romance desse livro perde toda a força perante tudo o que descobrimos, o que, eu tenho certeza, foi realmente a intensão da autora. Aqui Colleen não queria nossos suspiros, mas nosso desespero.
Se Verity foi escrito para deixar cada leitor com o coração na mão do começo ao fim (e até depois disso), o trabalho foi feito com maestria.
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