Star Wars: A Ascensão Skywalker

| 22 dezembro 2019 |

Meu primeiro contato com a saga criada por George Lucas foi em 1999, com o lançamento do “Episódio I: A Ameaça Fantasma”. Ainda não tendo assistido a trilogia original, confesso que não gostei muito da história e demorei alguns anos para voltar a me aventurar por esse universo.

Quando finalmente dei uma nova chance para essa saga arrebatadora, foi seguindo a ordem correta, não a cronológica, mas a lançada nos cinemas. Após ver os Episódios IV, V e VI, e finalmente conhecer a fundo Leia, Luke, Han e Darth Vader, foi impossível não me envolver com os personagens e não ansiar por mais daquele universo de tantas galáxias.

Rever o “Episódio I” foi completamente diferente, e, agora, eu estava preparada para também me encantar pela história de como o vilão mais icônico de todos os tempos havia se tornado aquele ser apresentado nos filmes originais.

Dessa forma, quando foram anunciados 3 novos Episódios de “Star Wars”, me juntei a uma legião de fãs que esperavam avidamente o retorno de Luke, Leia e Han, além de conhecer novos personagens que se juntariam a essa história. Sei que desde “O Despertar da Força”, existe uma resistência, dos fãs mais ávidos, com a nova série, o que não é uma crítica. Sou uma pessoa que vou ao cinema despretensiosamente, já pensando em me divertir e ter um momento de lazer incrível, que só a tela gigante pode proporcionar, portanto, devo confessar que gostei muito dos filmes, apesar de falhas evidentes, mas Rey e Ben Solo são dois personagens tão incríveis, opostos em suas funções, com uma ligação nunca antes vista, que me encantou completamente.

Nesse último filme, uma obra de redenções e descobertas, temos os dois personagens em primeiro plano, é a sua história que está sendo contada. Finalmente entendemos suas motivações, seus passados e os sacrifícios que cada um terá que fazer para alcançar os seus objetivos. Esse é o cerne da questão. Rey e Ben são exatamente o tipo de personagens pelos quais eu me apaixono à primeira vista e pelos quais torço a cada momento. Eles são a força motriz do longa, não os Jedis, não Leia, Luke e Han, mas Rey e Ben, portanto, aqueles que não gostam dos personagens, ou esperavam um filme (ou trilogia) voltado para uma nova ascensão dos Jedis, vai realmente sair do cinema decepcionado.

Amei desde o primeiro instante a ligação criada entre Rey e Ben, dois personagens tão opostos, literalmente ligados pela mesma força. Foi essa ligação e essa relação que me faz amar o desfecho da Saga Star Wars. O retorno de um antigo personagem para justificar certos atos pode ter sido a mais fácil das soluções no roteiro, porém, criou cenas incríveis, de tirar o fôlego, com uma união que eu esperei há muito tempo.

“Star Wars: A Ascensão Skywalker” é realmente um filme para ser amado ou odiado, dependendo da sua relação com cada personagem e do que você esperava dessa nova trilogia. Senti falta de diversas resoluções? Sim. Porém, não posso negar que elas só vieram depois de algum tempo. Assim que o filme terminou, só conseguia pensar na honra de acompanhar um desfecho tão incrível.


A seguir, alguns comentários COM spoilers:

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Ainda está por aqui? Siga por sua conta e risco rsrs

Se eu torci desde “O Despertar da Força” para que Rey e Ben terminassem juntos? Com certeza. Portanto, estou até agora surtando de felicidade e me debulhando em lágrimas. Quando todos os meus sonhos se realizam, quando eles usam a sua ligação para trabalharem juntos, e tudo termina com um beijo pelo qual eu tanto esperei (o que pela reação no cinema, não estava sozinha), o roteirista toma o caminho mais fácil possível para um vilão após a sua redenção: a sua morte.

Não seria mais interessante se Rey e Ben vivessem juntos para continuar exatamente de onde o mestre de ambos, Luke, havia parado? Retomar o treinamento de jovens para reestabelecer a ordem Jedi?

Ainda estou tentando entender um pouco o título. “A Ascensão Skywalker” termina sem nenhum Skywalker de sangue vivo. Rey se intitular uma Skywalker não faz dela realmente um membro da família de Darth Vader. Aqui, mais uma vez, gostaria que Ben tivesse vivido para fazer história...

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