Sol da meia-noite

| 05 junho 2018 |

Uma vida inteira fugindo do sol, e não tendo a oportunidade de realmente viver. Katie acompanhou o mundo durante o dia da janela protegida de seu quarto toda a sua vida. Portadora de uma doença rara, mas mortal, Katie não podia nem sonhar que o sol tocasse sua pele, ou isso lhe traria terríveis consequências. Uma garota tímida, sem amigos, mas com uma paixão de anos por um garoto que nem sabia de sua existência.

Charlie cresceu diante da janela de Katie. Passou de um garotinho andando de skate para um homem que iria para a faculdade em breve. Porém, uma estação de trem, uma garota e seu violão e um encontro inesperado poderia mudar a vida dos dois para sempre.

Esse é um filme que traz como protagonista alguém que nunca teve a oportunidade de realmente viver, ir à escola, fazer amigos e descobrir o mundo de forma convencional. Alguém que estava fadada a passar toda a sua existência dessa forma, vivendo como um ser noturno, com pouco contato com o mundo exterior. Quando Charlie entra realmente em sua vida, mesmo apenas em seus momentos noturnos, Katie tenta ser uma garota normal, alguém sem uma preocupação tão mortal pairando sobre sua cabeça.

É óbvio o quanto esconder informações importantes pode trazer graves consequências, principalmente em uma história de ficção, mas não é simples descobrir, muito menos encarar, quando as cenas dessas consequências surgem na tela.

O enredo me parecia muito mais esperançoso do que o longa realmente é. O roteiro entrega um romance realmente sensível e tocante, entre dois jovens com perspectivas totalmente diferentes em suas vidas. Katie e Charlie nos encantam com gestos e olhares, um recomeço para ambos surpreendente, vários fiapos de esperança são jogados durante aqueles minutos, portanto, um romance tão lindo merecia um desfecho menos dramático para o filme. Ou talvez seja apenas a fase de negação do luto, em que você se encontra na última cena, falando nesse momento.

Apesar disso, apesar de toda a tristeza pela qual você passará, será inevitável achar que valeu a pena por ter tido a oportunidade de acompanhar todas as passagens boas e românticas da vida dos protagonistas. Quem ama uma bela história de amor irá se deliciar com algo tão marcante.

“Sol da meia-noite” é de uma sensibilidade tocante. Algo puro e, aparentemente, inabalável, mas com drama o suficiente para te fazer derramar muitas lágrimas. Katie e Charlie surgiram para encantar e nos emocionar com sua linda e romântica narrativa.

4 comentários:

  1. Olá Jana! Nossa não sabia desse filme, história super emocionante, fiquei bastante interessa em conferi isso tudo.
    Bjs

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  2. Jana!
    Não li o livro ainda e nem assisti o filme e fiquei feliz em ver que no longa, o romance é melhor desenvolvido, apenar de todo sofrimento.
    Preciso assistir.
    “Sou uma pessoa insegura, indecisa, sem rumo na vida, sem leme para me guiar: na verdade não sei o que fazer comigo.” (Clarice Lispector)
    cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA JUNHO - 5 GANHADORES
    BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!

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  3. Jana,eu não assisti esse filme.E gostei de conhecer.
    Já estou imaginando aqui o final dessa história ... Acredito que não termine tão bem quanto o livro "Tudo e todas as coisas".Que parece ser um pouco parecido.

    Gostei e espero assistir em breve. :)

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  4. Fiquei emocionada só lendo essa resenha, não conhecia esse filme e agora to louca pra ver. Ele me parece extremamente sensível daqueles que te deixa pensando nele por dias.

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