Descendants of the Sun

Um comandante do exército coreano e uma médica. Um homem que arriscava sua vida em nome da pátria todos os dias e uma mulher que vivia para salvar vidas. Duas histórias completamente diferentes, pessoas com ambições e estilos de vida distintas, mas que, ao primeiro olhar, sentem uma conexão impossível de ser quebrada.

Há muitos anos, eu tive a oportunidade de assistir algo que mudaria a minha vida, ou pelo menos as minhas escolhas quanto ao o que assistir. “Ichi Rittoru No Namida”, ou “Um Litro de Lágrimas”, foi a primeira novela oriental que surgiu em meu caminho, desde então, muitos outros dramas lindos, românticos e emocionantes foram assistidos. Amo cada um deles, pois são realmente únicos, fazem o meu coração bater mais forte, mas talvez nenhum outro tenha feito com que eu enlouquecesse tanto a cada episódio quanto “Descendants of the Sun”.

Yoo Si-jin é capitão das forças especiais coreanas. Sua vida e missões são envoltas em mistérios, segredos de estado e muitos perigos, sempre em busca da paz. Kang Mo-yeon é uma grande médica, em um hospital coreano muito conceituado. Ambos se conhecem na sala de emergência, onde um ladrão pego e socorrido por Yoo Si-jin e seu companheiro estava sendo atendido.

A relação do casal poderia não ter caminhado nem um centímetro, devido a ocupação de Yoo Si-jin. Ele não podia dizer a verdade a Kang Mo-yeon e todos os seus encontros eram interrompidos devido as missões do comandante. Após meses sem se verem, Kang Mo-yeon é designada como líder de uma equipe de médicos para fazer trabalho voluntário em Urk, onde Yoo Si-jin estava em uma missão de paz. Longe de casa, mas perto de muitos perigos, pobreza, doenças, desastres naturais e pessoas muito ruins, eles finalmente teriam a oportunidade de conhecer um ao outro, lidar com suas expectativas e experiências e se sentirem ainda mais atraídos por aquele que estava ao seu lado.

Que dorama incrível! Mal posso dizer o quanto foi emocionante assistir esses dezesseis episódios. Por mais que eu ame novelas orientais onde o foco da narrativa é o relacionamento dos personagens e como eles finalmente terminariam juntos, amei assistir uma história bem mais adulta e complexa, mas tão adoravelmente romântica quanto as que eu estou acostumada a ver.

É impossível assistir essa história sem ficar apreensiva a cada momento. Yoo Si-jin não é alguém que viva uma vida tranquila. Cada uma de suas missões sempre pode ser a última, mas ele é incrível. Um personagem que leva uma vida tão tensa, mas é fofo o suficiente para fazer Kang Mo-yeon rir a cada momento. A química do casal é surpreendente. Cada toque, gesto ou olhar nos fazem suspirar de emoção. Nenhuma surpresa então que os atores tenham se casado na vida real após o fim da novela.

Os dois últimos capítulos me fizeram soluçar de tanto chorar. Durante toda a novela vimos o quanto esse mundo pode ser horrível, o quanto guerras são arrasadoras e como as pessoas podem ser ruins, porém, apenas no final vemos realmente o sofrimento que tudo isso pode causar, ao tirar alguém querido de seu convívio. Foi algo único, impactante e emocionante.

Esse dorama também traz outros personagens incríveis para a tela. A equipe médica de Kang Mo-yeon aprende muito com o seu trabalho voluntário. Personagens incríveis, mas que, apesar de trabalharem em um hospital, nunca tinham visto tamanho sofrimento em sua vida.

O companheiro de batalhão de Yoo Si-jin e segundo no comando, Seo Dae-young, protagoniza outro enredo incrível da narrativa. Apaixonado pela primeira-tenente, Yoon Myung-joo, ele passa o quanto a hierarquia em sua corporação pode ser cruel, mesmo se tratando de questões pessoais. O quanto estar apaixonado por alguém com influências pode destruir o seu amor. O quanto é preciso lutar e sofrer, dentro e fora do campo de batalha, para alcançar os seus objetivos.

“Descendants of the Sun” não é apenas mais um dorama. É uma história que me fez rir, chorar e me apaixonar perdidamente por esses personagens. Ao ter acabado de terminar o último capítulo, estou naqueles momentos que não sei o que fazer com a minha vida. A emoção está muito recente para que eu consiga responder essa pergunta, mas, de uma coisa eu tenho certeza, essa foi uma das experiências mais marcantes da minha vida.