Jogador Nº 1

| 28 março 2018 |

Um filme e um jogo. Realidade e imaginação. Um universo de tantas referências e nostalgia que é impossível não sair do cinema tendo realmente sido um jogador e vivido em Oasis.

Wade vive com a tia em um lugar minúsculo, em uma vizinhança realmente desprovida de recursos. Essa é uma época em que as pessoas passam mais tempo no ambiente virtual do que vivendo a realidade, pois, no mundo virtual, você poderia ser quem quisesse.

Oasis era um jogo do qual as pessoas nunca mais queriam sair. Seu corpo poderia estar no mundo real, mas sua mente lhe levava para lugares incríveis, mágicos, onde sua aparência e quem você é só seriam limitados pela sua imaginação.

Quando o grande criador do jogo morre, ele deixa para seus jogadores um último desafio. Quem conseguisse vencer suas três tarefas, e pegar as chaves de cada uma delas, herdaria o jogo e todo o dinheiro do grande visionário. Todos estavam desesperados pelo prêmio, mas só alguém que realmente amasse aquele mundo e entendesse o seu criador poderia alcançar a vitória.

Esse filme não é apenas mais um longa para geeks e fãs de ficção cientifica. Temos aqui uma homenagem para todas as obras do segmento que estão no coração daqueles que curtem o gênero. Impossível acompanhar a história de Wade e não se sentir em casa com tantos elementos e referências de universos que amamos.

O roteiro também é muito consciente em narrar uma história futurista, mas abordando um tema muito atual. O quanto somos dependentes do mundo digital, o quanto ele controla nossas vidas e o quanto ele ocupa o nosso tempo todos os dias. É bem claro quando uma grande corporação se interessa pelo grande prêmio que ela deseja controlar algo no qual as pessoas são viciadas, sem as quais elas acham que não podem viver.

Durante todo o filme somos bombardeados com informações do quanto aquele mundo é incrível, genial, muito melhor que o mundo real, mas achei necessário, e um show de consciência, que o roteiro não deixasse de lado a importância de viver no mundo real, de se relacionar pessoalmente com as pessoas e não ter medo disso.

“Jogador Nº 1” é um filme para nos fazer sentir em casa. Além de todas as homenagens e referências, também encontramos uma narrativa e personagens feitos sob medida para formar um grande filme. Cenas de ação incríveis, seja no mundo real ou virtual, fãs de todos os gêneros, pessoas ambiciosas ou lutando por um mundo melhor, fortes amizades e a tristeza e alegria do amor. Uma combinação de grandes histórias para construir a jornada do protagonista.  De tirar o fôlego e te fazer querer entrar na tela quando começarem os créditos.

2 comentários:

  1. Oi Jana,a sua resenha foi quase poética... Gostei!
    Acredito que a história tente de alguma forma nos fazer refletir até que ponto a tecnologia influência as nossas vidas. Como bem nos contou,
    até onde vai a nossa dependência com tantas informações tecnológicas.

    Bem, não sou tão ligada assim em ficção científica. Mas quem sabe eu ainda leia esse livro e goste?!
    Espero que sim! :)

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