Esse mês o Cantinho do Leitor será muito especial :D
Envie a sua resposta, participe durante o mês do Caminho
Cultural e concorra a um kit incrível!
Prêmio para a melhor resposta do Mês:
- 1 exemplar do livro “O Presente do Meu Grande Amor”
- 1 exemplar do livro “Red Hill”
- 1 exemplar do livro “A Letra Escarlate”
Forma de participação:
Enviar um e-mail para
info@caminhocultural.com, com nome completo e Estado
Assunto do e-mail: Cantinho do Leitor – Novembro de
2017
Tema: O livro mais importante da minha vida
Formato: Frase, Ilustração, Montagem, Foto, Texto ou
Vídeo
PROMOÇÃO VÁLIDA ATÉ O DIA 30 DE NOVEMBRO DE 2017.
Regulamento:
- Cada participante pode enviar quantas respostas desejar.
- Os participantes autorizam as postagens das respostas
enviadas durante o mês no blog e nas redes sociais do Caminho Cultural.
- A pessoa que irá receber os prêmios será escolhida pela
equipe do Caminho Cultural.
Regras gerais:
- Promoções válidas apenas para pessoas com endereço de
entrega no Brasil.
- Todos os prêmios serão enviados até o dia 31 DE MARÇO DE
2018.
- O vencedor de cada promoção tem até 7 dias para responder
o nosso contato (ou entrar em contato) com o endereço para envio dos prêmios,
após a divulgação do resultado.
- Nós não nos responsabilizamos por qualquer tipo de
extravio/furto que possa haver nos correios.
- Nós não nos responsabilizamos caso o participante envie o
endereço errado.
- Uma pessoa pode vencer mais de uma promoção
- Qualquer informação quanto à forma/plataforma, data, ou
algum item do regulamento das promoções poderá sofrer alterações sem aviso
prévio.
- Qualquer questão referente a qualquer uma das promoções
que não constar no regulamento, será decidida pelas responsáveis pelo blog
CAMINHO CULTURAL. Qualquer dúvida referente à alguma promoção deverá ser
encaminhada para o e-mail info@caminhocultural.com
ATUALIZAÇÃO:
Vamos a emocionante resposta da nossa vencedora \o/
"O livro mais importante da minha vida
O livro mais importante da minha vida é “Felicidade Clandestina”, da escritora ucraniana, naturalizada brasileira Clarice Lispector. E por que esse é o livro da minha vida?
Bom, é uma longa história que começou quando eu tinha 12 anos. Entre os 10 ou 11 anos comecei a me interessar imensamente pela leitura, sempre fui uma criança muito só, não apenas por ser filha única, ser caseira, mas também por ser um pouco antissocial, situação que carrego comigo até hoje, com 25 anos. Olho o mundo, as pessoas, e raramente me sinto fazendo parte desses círculos sociais, uma vez ou outra tenho a sorte de encontrar pessoas com as quais consigo manter uma sintonia interessante, então, voltando ao livro...
A minha professora de Língua Portuguesa da sexta série costumava incentivar imensamente o gosto pela leitura, gosto esse que infelizmente em uma sala com 30 alunos fazia parte apenas da minha vida. Certo dia, ela levou o conto “Felicidade Clandestina”, da Clarice Lispector, a maioria dos alunos disse não compreender o que leu, eu, fiz questão de falar minhas impressões sobre o texto, logo eu, com 12 anos, na sexta série, que praticamente entrava muda e saia calada das aulas. O meu interesse pela Clarice encantou a minha professora, que se chamava, ou melhor, se chama Sarah (nome que eu escolhi para a minha irmã mais nova, hoje com 10 anos). Lembro-me dela falando: Sam, Clarice tem uma escrita mais complexa, é muito discutida em Universidades, como na primeira leitura você conseguiu retirar tanto do conto?
A minha resposta? A minha resposta foi um dos motivos que me fez eleger tal livro como o mais importante da minha vida.
Sabe a menina de uma classe social mais baixa, que ficava a mercê da boa vontade dos outros emprestarem livros para desfrutar de algo que deseja tanto? Sabe a menina que nunca deixou a esperança morrer? Aquela que quando tocou o livro não era mais uma menina com um livro na mão, era uma mulher com seu amante?
Pois bem, essa menina assim como no conto de Clarice, sou eu!
Depois desse dia, a minha professora começou a levar contos da Clarice apenas para mim, dava-me as cópias, e depois, fora dos horários de aula me chamava para conversar sobre eles. Ela me pediu para fazer uma lista dos meus contos preferidos, ironicamente, todos os meus preferidos estavam publicados no mesmo livro, que leva o nome do primeiro conto que li. Assim eu obtive não só o meu livro preferido, mas também a minha escritora preferida. É com imenso prazer que me lembro do dia que a minha professora Sarah me disse que eu tinha uma sintonia com a escrita Clariceana de uma forma tão bonita. Ela me disse isso com lágrimas nos olhos, e eu recebi o comentário com calor no coração.
Mais motivos que tornam esse livro tão importante para mim?
Por conta das conversas literárias ligadas principalmente a Clarice me tornei próxima à professora, cheguei a desenvolver uma paixão platônica por ela, que sabia lidar tão bem com isso. Lembro-me dela hoje com um carinho e respeito imenso. Pedi para escolher o nome da minha irmã, autorizada pela minha mãe optei por Sarah, como o nome da minha mentora clariceana. Escolhi cursar Letras Vernáculas, como a mesma, que me disse que eu deveria estudar na melhor universidade da Bahia, eu consegui, passei no vestibular para letras vernáculas na Universidade Federal da Bahia, estou prestes a me formar. Meus melhores trabalhos e estudos feitos na Universidade são ligados às obras da Clarice Lispector, inúmeras vezes me senti acalantada pelos contos presentes no meu livro preferido da escritora. Clarice nunca mais deixou sentir-me só.
Tudo isso, tudo que teve como ponto de partida um livro que tem o nome de um conto, faz dessa obra a mais importante da minha vida. Finalizo com dois trechos de diferentes contos que são de uma importância imensa para mim, deixo também uma foto que tirei especialmente para acompanhar esse meu pequeno texto.
Com um carinho clariceano forte,
Samanta Samy
"(...) Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia...”
(LISPECTOR, Clarice, Felicidade Clandestina: contos, Rio de Janeiro: Rocco, 1998, p.12).
"(...) Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria - e não o que é..." (LISPECTOR, Clarice, Felicidade Clandestina: contos, Rio de Janeiro: Rocco, 1998, p. 43-44). "
Por favor, responda o nosso e-mail em até 7 dias para envio dos prêmios.
ATUALIZAÇÃO:
Vamos a emocionante resposta da nossa vencedora \o/
"O livro mais importante da minha vida
O livro mais importante da minha vida é “Felicidade Clandestina”, da escritora ucraniana, naturalizada brasileira Clarice Lispector. E por que esse é o livro da minha vida?
Bom, é uma longa história que começou quando eu tinha 12 anos. Entre os 10 ou 11 anos comecei a me interessar imensamente pela leitura, sempre fui uma criança muito só, não apenas por ser filha única, ser caseira, mas também por ser um pouco antissocial, situação que carrego comigo até hoje, com 25 anos. Olho o mundo, as pessoas, e raramente me sinto fazendo parte desses círculos sociais, uma vez ou outra tenho a sorte de encontrar pessoas com as quais consigo manter uma sintonia interessante, então, voltando ao livro...
A minha professora de Língua Portuguesa da sexta série costumava incentivar imensamente o gosto pela leitura, gosto esse que infelizmente em uma sala com 30 alunos fazia parte apenas da minha vida. Certo dia, ela levou o conto “Felicidade Clandestina”, da Clarice Lispector, a maioria dos alunos disse não compreender o que leu, eu, fiz questão de falar minhas impressões sobre o texto, logo eu, com 12 anos, na sexta série, que praticamente entrava muda e saia calada das aulas. O meu interesse pela Clarice encantou a minha professora, que se chamava, ou melhor, se chama Sarah (nome que eu escolhi para a minha irmã mais nova, hoje com 10 anos). Lembro-me dela falando: Sam, Clarice tem uma escrita mais complexa, é muito discutida em Universidades, como na primeira leitura você conseguiu retirar tanto do conto?
A minha resposta? A minha resposta foi um dos motivos que me fez eleger tal livro como o mais importante da minha vida.
Sabe a menina de uma classe social mais baixa, que ficava a mercê da boa vontade dos outros emprestarem livros para desfrutar de algo que deseja tanto? Sabe a menina que nunca deixou a esperança morrer? Aquela que quando tocou o livro não era mais uma menina com um livro na mão, era uma mulher com seu amante?
Pois bem, essa menina assim como no conto de Clarice, sou eu!
Depois desse dia, a minha professora começou a levar contos da Clarice apenas para mim, dava-me as cópias, e depois, fora dos horários de aula me chamava para conversar sobre eles. Ela me pediu para fazer uma lista dos meus contos preferidos, ironicamente, todos os meus preferidos estavam publicados no mesmo livro, que leva o nome do primeiro conto que li. Assim eu obtive não só o meu livro preferido, mas também a minha escritora preferida. É com imenso prazer que me lembro do dia que a minha professora Sarah me disse que eu tinha uma sintonia com a escrita Clariceana de uma forma tão bonita. Ela me disse isso com lágrimas nos olhos, e eu recebi o comentário com calor no coração.
Mais motivos que tornam esse livro tão importante para mim?
Por conta das conversas literárias ligadas principalmente a Clarice me tornei próxima à professora, cheguei a desenvolver uma paixão platônica por ela, que sabia lidar tão bem com isso. Lembro-me dela hoje com um carinho e respeito imenso. Pedi para escolher o nome da minha irmã, autorizada pela minha mãe optei por Sarah, como o nome da minha mentora clariceana. Escolhi cursar Letras Vernáculas, como a mesma, que me disse que eu deveria estudar na melhor universidade da Bahia, eu consegui, passei no vestibular para letras vernáculas na Universidade Federal da Bahia, estou prestes a me formar. Meus melhores trabalhos e estudos feitos na Universidade são ligados às obras da Clarice Lispector, inúmeras vezes me senti acalantada pelos contos presentes no meu livro preferido da escritora. Clarice nunca mais deixou sentir-me só.
Tudo isso, tudo que teve como ponto de partida um livro que tem o nome de um conto, faz dessa obra a mais importante da minha vida. Finalizo com dois trechos de diferentes contos que são de uma importância imensa para mim, deixo também uma foto que tirei especialmente para acompanhar esse meu pequeno texto.
Com um carinho clariceano forte,
Samanta Samy
"(...) Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia...”
(LISPECTOR, Clarice, Felicidade Clandestina: contos, Rio de Janeiro: Rocco, 1998, p.12).
"(...) Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria - e não o que é..." (LISPECTOR, Clarice, Felicidade Clandestina: contos, Rio de Janeiro: Rocco, 1998, p. 43-44). "
Por favor, responda o nosso e-mail em até 7 dias para envio dos prêmios.
JANA!
ResponderExcluirLogo enviarei...
Participo e mais tarde sairá divulgação no blog.
RUDYNALVA CORREIA SOARES
rudynalva@yahoo.com.br
Desejo uma semana maravilhosa eflorida!
“Para saber uma verdade qualquer a meu respeito, é preciso que eu passe pelo outro.” (Jean-Paul Sartre)
Cheirinhos
Rudy
Oi, Jana!
ResponderExcluirQue bacana essa promoção! Vou ver se eu consigo participar, o difícil vai ser escolher apenas um livro importante na minha vida rsrs.
Participando!
ResponderExcluirEnviei o meu e-mail agorinha!
Muito feliz em ganhar. Já respondo o e-mail. Desde já agradeço imensamente!
ResponderExcluirMuito feliz em ganhar. Já respondo o e-mail. Desde já agradeço imensamente!
ResponderExcluir