Em busca da originalidade

| 27 abril 2016 |
Todos somos leitores ávidos, pessoas que gostariam de passar a vida lendo, se fosse possível ganhar dinheiro com isso. Quanto mais nós lemos, quanto mais oportunidades de conhecer novos autores, mais complicado é encontrar uma história realmente nova, realmente original. Eu diria que essa é uma missão quase impossível.

Quando lemos um livro Young Adult/New Adult, por exemplo, é comum encontrar mocinhas com a mesma personalidade (não se acham bonitas, mas são, não ligam para a aparência, nem para dinheiro), mocinhos com uma aparência já reconhecível (lindos, musculosos, geralmente tatuados), melhores amigas que acham que a mocinha deve se jogar no mundo, se maquiar, colocar roupas mais sensuais e usas saltos altos para atrair ainda mais o protagonista (não que isso seja necessário), mas esse papel também pode ser ocupado pelo melhor amigo gay, que também vai querer que a protagonista de jogue em uma grande oportunidade de romance que surgir em sua vida. 

Não que eu não me sinta atraída por uma história que tenha todos os itens acima. Geralmente essa é uma estrutura que funciona bem. Para quem gosta do gênero, sempre é uma boa pedida, porém, é impossível não parar para pensar o quanto essas histórias têm em comum, o quanto é realmente complicado encontrar algo com uma narrativa original.

Claro que o gênero citado é apenas um exemplo, em todos os gêneros literários, pelos menos os que eu leio com mais frequência, isso tem acontecido constantemente. Talvez, fantasia seja um gênero que fuja um pouco disso, exatamente por extrapolar o nosso mundo a ponto de nós podermos encontrar absolutamente qualquer coisa em meio àquelas páginas, onde apenas a imaginação é o limite. 

Agora, qual o segredo para alguém escrever um livro de um gênero especifico e encontrar aquela linha tênue entre manter o que nós amamos e apresentar algo realmente novo para o leitor?

Acho que a resposta para essa pergunta é exatamente o que nos faz ler um livro e terminar, tendo tido alguns momentos de diversão, mas sem que aquilo se torne algo marcante, ou terminar sem ter acreditado que a narrativa terminou, sem conseguir abandonar aqueles personagens, já separando um lugar muito especial na estante para aquele livro único. 

Para você, qual é esse segredo? 

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