O Sangue do Olimpo

“Sete meios-sangues responderão o chamado.

Em tempestade ou fogo, o mundo terá acabado.

Um juramento a manter com um alento final,

E inimigos com armas às Portas da Morte afinal.”

FINALMENTE, eu entendo essa profecia completamente. Mal posso acreditar. Eu sou completamente apaixonada por todos os livros do tio Rick. Eu nunca me interessei realmente por mitologia, porém, ao ler a série “Percy Jackson e os Olimpianos”, isso mudou completamente. Descobrir o quanto a mitologia Grega podia ser fantástica foi maravilhoso. Não satisfeito, ele também quis nos mostrar como é maravilhoso o mundo da mitologia Egípcia em “As Crônicas dos Kane”. Agora, tendo lido o último livro da série “Os Heróis do Olimpo”, posso dizer, com toda a certeza, que qualquer mitologia, Grega, Egípcia, Romana, pode ser fantástica, se for trabalhada por um escritor tão bom que parece não ser desse mundo.

No último livro da série “Os Heróis do Olimpo”, finalmente os sete semideuses da profecia estão juntos, a bordo do Argo II, em direção a Atenas, para impedir que Gaia finalmente desperte. Enquanto isso, Reyna e Nico têm que levar a Atena Partenos até o acampamento Meio-Sangue, para evitar um conflito desastroso entre o acampamento Grego e o Romano. Nenhum dos dois grupos terá uma viagem tranquila, mas, se eles não conseguirem alcançar seus objetivos, o mundo como eles o conhecem pode ser completamente destruído.

É sempre maravilhoso ver como personagens podem evoluir com o passar dos livros, aprenderem com os seus erros, aprenderem a confiar uns nos outros. Os tripulantes do Argo II realmente se tornaram uma família, daqueles que se entendem sem uma palavra, que estão dispostos a se sacrificarem pelo bem do outro.

Nico foi fantástico no quesito evolução. Ele conseguiu superar vários de seus medos, seus temores mais escondidos, conseguiu se aceitar, aceitar suas escolhas e começar a ver seus companheiros exatamente dessa forma, como companheiros, como amigos.

Leo teve um papel muito mais importante do que eu teria imaginado e, estar dentro de sua mente em vários momentos, foi esclarecedor. Suas piadas e brincadeiras, muitas vezes, são apenas um refúgio para que as pessoas não percebam suas inseguranças, o quanto ele tem medo do que possa acontecer.

Percy e Annabeth, meus queridos, meus personagens favoritos, um dos casais que eu mais amo, também estavam perfeitos, como sempre, porém, não pude deixar de ficar um pouco triste. Se esse livro teve um ponto negativo, como certeza foi que nenhum dos dois foi narrador em nenhum capítulo. Eu realmente senti muita falta de seus pensamentos e de ver o meu casal favorito mais de perto, não pelos olhos de seus companheiros. Só não vou dar uma nota 10, com louvor, para “O Sangue do Olimpo” por ter sentido falta de um dos dois, pelo menos, narrarem alguns capítulos.

Eu tive vontade de chorar e gritar lendo esse livro. Sempre fico mais sentimental ao ler finais de séries que eu amo, principalmente quando eles têm um lugar muito mais que especial no meu coração. “O Sangue do Olimpo” é um final perfeito, digno de uma série tão grandiosa, que nós sabemos que não chegou realmente ao seu fim, o que me deixa muito feliz. Não vou conseguir realmente me despedir desses personagens tão cedo.