Neve na Primavera

Em 1933, Vera Ray é obrigada a ir trabalhar e deixar seu pequeno filho Daniel sozinho. É o dia 2 de maio e inesperadamente ocorre uma incrível nevasca. Após o expediente, ela tem muita dificuldade de voltar para casa e, quando chega, seu filho desapareceu. Vera não consegue encontrá-lo em lugar algum.

No presente, a repórter Claire Aldrigde acorda no dia 2 de maio com uma nevasca, porém, essa não é época para neve. Com um evento desse porte ocorrendo 2 vezes nessa época com uma diferença de quase 70 anos, Claire é designada a escrever algo sobre a nevasca. Procurando por eventos daquela data, ela encontra sobre o desaparecimento de Daniel Ray que nunca foi solucionado. Assim, Claire descobre qual a matéria que deseja escrever: a solução do desaparecimento do menino.

Neve na primavera possui cada capítulo dividido contando a história do presente e do passado. Com o passar dos capítulos, vamos obtendo informações muito relevantes e descobrimos que Claire e Vera são ligadas de uma forma que ninguém imaginaria.

Esse é o tipo de livro que não é exatamente o tipo de leitura que mais gosto, porém não posso deixar de citar que é um livro muito bom. Não é fácil escrever um livro relatando fatos do presente e do passado ao mais tempo e, no final, fazê-los coexistir de modo que tudo acaba fazendo sentido.

Vejo o livro como a letra “Y”, onde temos dois pontos distintos que caminham a um mesmo objetivo.

Neve na primavera não conta apenas a resolução de um desaparecimento, mas também nos mostra como alguns acontecimentos na vida podem causar tamanha devastação com as pessoas e que é necessário lutar muito para voltar a ser feliz. Além disso, como as mentiras não são para sempre, pode demorar, mas a verdade sempre encontra um caminho.

Neve na primavera é um livro com uma ótima escrita e fácil leitura que emocionará muitas pessoas que o lerem, principalmente as que já viveram alguma tragédia na sua vida, mas souberam como continuar a viver.