Golpe Duplo

Um golpista profissional (Will Smith) é vitima de um golpe planejado por Jess (Margot Robbie), só que esse golpe não foi tão bem planejado assim. Nicky percebeu desde o principio qual era a intenção da jovem, e também, o seu potencial para golpes mais bem elaborados. Juntos, eles formariam uma dupla perfeita para roubos e golpes, mas, como confiar em alguém que engana com tanta facilidade? Como descobrir que você não é apenas mais um peão em um jogo de roubos e mentiras?

Depois de conhecer Nicky, Jess melhorou muito sua habilidade em pequenos roubos, se juntando assim a sua equipe. Após um período de “trabalho”, eles haviam conseguido o montante de 1 milhão de 200 mil dólares. Se isso não fosse o suficiente, Nicky arma um golpe para enganar um apostador compulsivo, golpe esse que Jess estaria envolvida, mesmo sem saber.

Após esse grande golpe, que conseguiu dobrar seu montante de dinheiro inicial, Nicky, deixa Jess com sua parte do dinheiro e sem nenhuma explicação. Eles só voltariam a se encontrar 3 anos depois, para participar do golpe derradeiro. Com a participação muito especial de Rodrigo Santoro nesse momento.

O roteiro do filme é muito interessante. São bandidos roubando de pessoas comuns, depois roubando de bandidos, que também roubam deles, formando assim um ciclo interminável de roubos e golpes onde, aparentemente, aquele que for mais esperto, que tiver os melhores planos vai conseguir manter o prêmio.

É incrível como é impossível saber onde termina a farsa e começam as verdades. Até o fim do filme você é enganado, assim como os personagens, e, mesmo quando o filme termina, determinadas situações, mesmo que resolvidas, te deixam na duvida se foram verdadeiras ou não.

“Golpe Duplo” é um filme muito interessante por se tratar de ação, mas não de forma convencional. A inteligência, criatividade e habilidade dos bandidos é a chave da trama, que não precisa de grandes perseguições, tiroteios ou lutas para te manter preso a tela. Além disso, é sempre instigante ver como certos filmes conseguem causar no espectador uma inversão de valores. Mesmo quando só existem bandidos em uma história, é impossível não escolher um lado, portanto, torcer pelos ladrões acaba sendo uma linha natural no decorrer do filme.