A Teoria de Tudo

Todos conhecem o físico, a grande mente que trouxe ao mundo teorias que abalaram tudo o que era conhecido. Nesse filme vamos conhecer o homem, sua doença e sua trajetória para vencer os desafios, superar as barreiras físicas e se tornar uma lenda.

Stephen Hawking sempre foi uma mente única. Mesmo na universidade, os desafios propostos, por mais que parecessem impossíveis de serem resolvidos, para ele era apenas mais uma questão a ser resolvida. Ele encontrou o amor, ainda tentando encontrar um real proposito para a sua genialidade e descobriu que tinha uma doença muscular degenerativa. Por mais que seu cérebro jamais fosse afetado, tudo em seu corpo iria para de funcionar gradativamente, até as suas funções involuntárias. O médico responsável por seu caso não lhe deu mais do que 2 anos de vida, porém, uma mente tão brilhante não seria tirada de nosso convívio tão rapidamente.

Todos nós conhecemos o físico Stephen Hawking, as suas teorias e seus problemas de saúde, porém, ao entrar em uma sala de cinema para conhecer a fundo a sua vida, nunca imaginei me emocionar tanto ao realmente vivenciar a evolução da sua doença, o quanto sua força de vontade não o deixou titubear por nenhum momento, portanto que ele ainda tivesse a oportunidade de pensar, portanto que seu cérebro estivesse em perfeitas condições para desvendar os mistérios do universo.

Sua esposa, Jane, também é um exemplo de força e dedicação que arrancam lágrimas de quem vai assistir ao filme. Ela se casou com ele mesmo sabendo de sua doença e cuidou de seu marido, em momentos em que ele quase já não podia fazer nada sozinho e de seus filhos, na maior parte do tempo sem nenhum tipo de ajuda. Podíamos perceber muitas vezes seu cansaço com a situação mas, não podíamos culpar suas escolhas após tanto tempo se dedicando de corpo e alma a alguém. Mesmo Stephen aceitou e entendeu suas escolhas. Uma das cenas mais lindas que eu já vi.

Eddie Redmayne, que interpretou o físico, mereceria ganhar o Oscar dezenas de vezes pela sua interpretação nesse filme. A medida que a doença avança, que o corpo dele não responde mais aos seus comandos, que os músculos vão se atrofiando, é incrível e angustiante a realidade daquelas cenas. É quase impossível de acreditar que ali está um ator e aquilo não esteja realmente acontecendo.

“A Teoria de Tudo” é, com certeza, o filme mais emocionante que eu tive a oportunidade de assistir nos últimos tempos. Não pude segurar as lágrimas ao ver a evolução de sua doença e, mesmo assim, sua vontade e perseverança de continuar trabalhando, de seguir em frente. A força de sua esposa ao entrar de cabeça em um casamento que ela sabia que iria acabar sofrendo, pois, para eles, seu marido tinha apenas dois anos de vida. Tanta genialidade, tanta força em meio a tanto sofrimento, só pode ser emocionante. Não há como uma pessoa assim não ter mudado o mundo. Não há como um filme assim não mudar quem está assistindo.