As Sete Irmãs

| 22 setembro 2014 |
Seis meninas, vindas de todas as partes do mundo, foram adotadas por um homem misterioso, conhecido por elas por Pa Salt. Cada uma delas havia recebido o nome de uma das estrelas da famosa “Sete irmãs”, porém, o último nome nunca havia sido dado a ninguém. A sétima filha nunca havia sido encontrada. Quando Pa Salt morre, deixa um legado que vai muito além do financeiro. Ele deixa para cada uma de suas filhas pistas que poderiam revelar a origem e história de cada uma delas. Maia, a filha mais velha, reúne as suas pistas, e vai à busca de suas origens, que também irá decifrar um pouco da história de um dos grandes marcos do Brasil.

Maia é a filha mais velha de Pa Salt. Ela nunca realmente questionou de onde tinha vindo. Na verdade, se sentia abençoada por ter encontrado alguém tão amoroso para chamar de pai. Após o falecimento de seu pai, um fato doloroso de seu passado vem à tona, e para fugir de um confronto com algo ruim que havia lhe acontecido, ela decide ir em busca de algo ainda mais distante, que ela não sabia se lhe traria felicidades ou tristezas. Tudo o que ela sabia era que sua vida havia começado no Brasil, e em posse de um único objeto que lhe serviria de pista, ela foi em busca de suas origens.

Maia é uma personagem completamente insegura, que se esconde atrás de seus livros. Seu trabalho como tradutora permite que ela se esconda do mundo e de ter que enfrentar realmente a vida. Ela vai ao Brasil, muito mais por medo do que poderia acontecer se ela ficasse do que por coragem de desvendar o seu passado. Encontrar com Floriano, um dos autores cujos livros que ela havia traduzido, talvez tenha sido a melhor coisa que poderia ter lhe acontecido. Ele era o incentivo que ela precisava para não desistir e poder esquecer por alguns momentos que sua maior meta era se esconder do mundo a todo o momento.

Sempre admirei escritores que conseguem criar personagens e uma história de ficção e inseri-los perfeitamente em uma história real. O leitor aprecia aqueles fatos sem conseguir realmente discernir o que são fatos históricos e o que veio da mente do autor. Rucinda Riley, além de escrever essa junção de forma genial, trouxe a vida uma história que, por mais que nós sejamos brasileiros, creio que poucos tenham parado para realmente pensar nela: A construção do Cristo Redentor. É incrível imaginar tudo o que pode ter acontecido durante a idealização e construção dessa grande obra, e todas as histórias humanas que estiverem realmente envolvidas.

Na parte ficcional da narrativa, também devemos ressaltar a destreza da autora em retratar quatro gerações de uma família para contar a história da protagonista. À medida que Maia vai descobrindo o seu passado, somos transportados para a época da construção do Cristo Redentor e podemos mergulhar em todos os costumes e problemas sociais e econômicos daquela época, vivenciando esses aspectos tanto aqui no Brasil quanto em Paris.


À medida que vamos virando as páginas, a história vai crescendo em dramaticidade, geograficamente e nós percebemos que um único ato pode marcar alguém por gerações.  “As Sete Irmãs” é uma obra de arte formada por palavras. Uma narrativa tão enriquecedora como essa só pode ser desenvolvida após muitas pesquisas, esforço e com uma criatividade fora de série. E esse foi só o primeiro livro, temos pelo menos outras cinco irmãs e a busca por suas origens para serem narradas. Mal posso esperar para ler.

10 comentários:

  1. Não sabia que esse livro iria ter mistério, que show! Muito interessante isso das irmãs pegarem umas pistas e irem descobrir suas origens.
    É bom ler esse livro também pra aprender mais de História, que amo! Leitura feita pra mim, hahaha.
    Ótima resenha! Abraços Jana!

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    1. Olá Dilza! Esse é um daqueles livros que eu comecei a ler sem esperar muito e no fim me apaixonei pela história. Realmente muito envolvente, vale muito a pena ler.
      Beijos!!!

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  2. OIII
    eu sempre quis saber do falava esse livro,to super curiosa para saber mais dele.
    amo livros com um bom misterio!!
    BJS

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    1. Esse livro me surpreendeu muito :D
      Tenho certeza que muita gente irá gostar dele!!!
      Beijos!!!

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  3. Nossa nunca imaginei que iria me interessar tanto por um livro brasileiro, que história fantástica!! Não vejo a hora de lê-lo.

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    1. A autora não é brasileira, porém, a maior parte do livro se passa aqui no Brasil. É uma leitura realmente maravilhosa :D

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  4. Desde que descobri que um dos cenários deste livro era o Rio fiquei empolgadíssimo para te-lo, porem acabei passando outros livros na frente e não acho que o compre ainda esse ano, porém achei magnifica a ideia de ler algo sobre o Brasil escrito por uma autora estrangeira, e, é como você disse, nós brasileiros admiramos o Cristo Redentor como obra e patrimônio da humanidade, mas pouco sabemos de sua história, esse livro vai além de mera ficção é historia pura, e eu amo história.

    Julielton Souza - Dialética Proposital

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  5. Os livros de Lucinda Riley são super interessantes, de uma leitura agradável que prende o leitor do começo ao fim. Adorei o 1º livro da série As sete irmãs. Tenho preferência por histórias de família e essa história sobre Maia foi realmente esplêndida, principalmente pelas origens brasileiras da personagem . Várias histórias de amor dentro de um mesmo título AMEI. (Vilma Araújo Oliveira - 05/10/2014 - Castro - PR)

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    1. Concordo plenamente com você Vilma!
      Obrigada pelo seu comentário :D
      Beijos!!!

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