Capitão América 2: O Soldado Invernal

Depois de passar décadas enterrado no gelo e despertar em meio a uma catástrofe mundial iminente, finalmente Steve Rogers tem a oportunidade de encontrar o seu lugar nesse novo mundo e sentir realmente a dor da perda de tudo o que havia ficado para trás. Porém, o passado sempre pode voltar a nos assombrar, mesmo que você seja um herói, conhecido por muitas gerações.

Em seu segundo filme solo, a lealdade e o caráter do Capitão América são postos à prova. Como é possível alguém de boa índole e com caráter inquestionável trabalhar para uma organização da qual ele desconfia de suas intenções e, enfrentar um inimigo que já foi alguém muito importante em seu passado?

Nesse filme, é interessante ver que não é necessário ter um vilão em si, uma figura que represente esse vilão, pois, se você tiver uma organização, um sistema, com ideais deturpados e com sede de poder, eles sempre podem voltar. Mesmo que em uma época diferente, com meios completamente novos de agir, vai surpreender quem estiver assistindo e nos deixar ainda mais interessados com as ligações, quase impossíveis de serem feitas, mas que funcionam com perfeição, com o primeiro filme.

E muito interessante ver o que a evolução do personagem e o crescimento da estória nesse filme. A Marvel está elevando seus filmes a um outro patamar. Antigamente, filmes de heróis eram divertidos, engraçados e com muita ação. Filmes que agradavam, divertiam, mas não deixavam marcas nos espectadores com suas estórias. Mas o mercado está exigindo filmes mais profundos e sombrios, onde as provas dos heróis não sejam apenas físicas, mas emocionais, que suas escolhas sejam realmente marcantes e que cada passo mude o curso de muitas pessoas. “Capitão América - O Soldado Invernal” acerta em cheio nesses quesitos e nos prepara a tão aguardada sequência de “Os Vingadores”, que, com certeza, será tão marcante quanto o seu antecessor.